sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

RESGATANDO UMA POSTAGEM DE 7 DE JANEIRO DE 2008



Declaro para os devidos fins...


.... que este ano regularmente registrado no calendário deste país, de acordo com nossos humildes planos, será para acertar algumas coisas pendentes se é que se pode deixar alguma coisa "pendente".
Segundo observações dos pensadores contemporâneos, a lei da gravidade não permite que haja nada pendente... cai mesmo e se esborracha no chão.
Mas, hipoteticamente, veremos o que se pode fazer pelos valores que ficaram indefinidos, os comportamentos que ficaram sem entendimento, os sentimentos que não foram sentidos e os que foram deixados de lado para se pensar depois em alguma forma de liberá-los se é que foi possível aprisioná-los.
Enfim, planos que se faz todo início de ano e se tem esperança de que se tornem realidades. O fato é que se não se está preparado para sonhar, como se constrói um sonho baseado em ideias falsificadas de felicidade e bem comum? O que é bom pra mim nem sempre será bom para o meu semelhante, ou mesmo o mais próximo ente querido... é certo que viver em sociedade é abrir mão de muita coisa e conciliar os espaços e prioridades, ser tolerante, ter senso de responsabilidade e dever, porém como saber se estou supondo uma felicidade irreal, que com outras metas tudo seria diferente e a tão esperada felicidade, que é apenas um estado de espírito, seria mais facilmente encontrada, sentida, compartilhada???
Vejo-me sem necessidade de fazer planos.... deixar os acontecimentos acontecerem, a vida viver, os sentimentos sentirem, a alegria alegrar, a tristeza entristecer, a emoção emocionar, o presente presentear.
Vou levar o que tiver que levar, deixar o que tiver que deixar, ser o que tiver que ser, ter o que tiver que ter e aproveitar o que tiver que aproveitar...
Hoje é sexta-feira, eu vou "sextafeirar" e depois é depois...
Ana Torres declarando o início de um ano novo que já começou e começa sempre... em texto já publicado e reeditado. E assim vou ribeirando, ribeirando...